segunda-feira, 1 de março de 2010

Visita ao CEU


Nosso domingo ontem contou com uma emoção especial, estivemos visitando o CEU, Centro Espírita de Urgências, localizado na periferia de nossa cidade em um bairro onde as pessoas parecem esquecidas pela sorte.

Sempre acreditei que um principio  religioso, tem por desiderato primeiro, religar elos perdidos. E nesse caso, oração sem prática é discurso vazio.  Barriga vazia e desigualdade social não se combatem com reuniões doutrinárias ou palavrório descompromissado de político "bem" intencionado. É preciso empenho, muito trabalho e  recursos que possam viabilizar oportunidades.


Penso conforme Rodrigo Henrique Cabrera: "A justiça social ficará sempre abalada quando for defrontada de frente com a iniquidade da repartição de rendas, provocando o caos entre as classes sociais."


À primeira vista, o nome CEU talvez remeta a um ambiente diáfano, possuidor de uma beleza estética que transmita calma e contemplação. Esqueça a leitura conceitual do céu que herdamos de nossa cultura cristã. 

Este CEU, é diferente. Aqui a transmissão não é de paz contemplativa, mas, de inquietação e compromisso! 

Há carência de tudo. Sobra abandono e esperança nos olhares das crianças e mães. Salta aos olhos a necessidade de acolhimento, a fome do corpo e da alma. Não vejo como alguém pode sair indiferente de uma experiência dessas...

"Vencido o egoísmo, será mais fácil extirpar as outras paixões que corroem o coração humano." por Léon Denis.


Mas, é preciso muito mais que um primeiro impulso de emoções conflituosas. Ainda nas instalações inacabadas do centro que por enquanto só tem de pé as paredes, a cada quinze, vinte dias, acontece um novo encontro que sempre depende de um mínimo em infraestrutura: são em média 300 pães de leite, mais de 50 litros de refrigerante, carne de soja, extrato de tomate, temperos, enfim, material para um breve lanche a ser distribuído entre as crianças. Por isso, toda ajuda é  bem vinda e extremamente necessária.

A iniciativa partiu de um grupo de militantes espíritas dispostos a aproximar o discurso doutrinário da prática em busca de justiça social para as populações da periferia de Vitória da Conquista. Contudo, pela grandeza da proposta, o trabalho é totalmente ecumênico e está aberto a todas as pessoas de boa vontade. Como na música de Beto Guedes: "vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo opressão".

Seja você também mais um voluntário dessa causa! Se quiser ajudar na construção desse ideário totalmente ecumênico, de inclusão e justiça social, entre em contato conosco!

por Maris Stella Schiavo Novaes

3 comentários:

  1. Lindo Trabalho!

    Solidariedade e compromisso com a vida!

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  2. Realmente tais exemplos devem ser seguidos pela grande maioria dos espíritas.. é muita FALAÇÃO e pouco agir... é tanta pompa, tanta ostentação, tanto conforto para recepcionar os palestrantes e visitantes da semana espírita.. mas porque não fazem uma campanha de arrecadação de alimentos e de agasalhos durante este evento??? PORQUE ENVOLVE DOAÇÃO e, quem sabe, TER QUE POR A MÃO NO BOLSO. quanta hipocrisia! fora da caridade não existe salvação e como é FÁCIL FALAR

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  3. SERÁ QUE OS ESPÍRITAS ACHAM QUE, FAZER A CARIDADE É RESERVAR UMA OU DUAS HORAS POR SEMANA PARA ASSISTIR A UMA PALESTRA??? QUE ESTE EXEMPLO SEJA SEGUIDO...

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