Sônia é uma mulher igual a muitas outras que a gente conhece. Simples, de pouca formação intelectual, e que trabalha muito para dar conta de suas obrigações como mãe dedicada e só; na condução da educação e da boa formação dos filhos.
Depois de um casamento atormentado, marcado pela violência doméstica, ainda sob intensos sofrimentos e ameaças, tomou coragem de se separar. Decidiu-se a seguir adiante contanto apenas com a companhia dos filhos. Procurou pelos seus direitos e separou-se na forma da lei. Daria certo, se não fosse um significativo e antiquado detalhe...
O marido de Sônia revoltou-se com a 'ousadia'! Ainda que a justiça tenha encaminhado a separação por definitiva, ele não se separaria. Ela pagaria o desaforo. Que lei de amparo a mulher que nada!... Parece relato de outros tempos? Mas, aconteceu ainda ontem.
Ao chegar do trabalho, na noite de sexta-feira (12/01), Sônia moradora do Bairro Morada Real, deparou-se com a casa revirada, seus pertences espalhados, alguns eletrodomésticos quebrados, os filhos amedrontados, o ex-marido e pai de seus filhos, bêbado, invadiu a casa e a recebeu com agressões verbais e muita violência física. O caso deu polícia.
O marido de Sônia revoltou-se com a 'ousadia'! Ainda que a justiça tenha encaminhado a separação por definitiva, ele não se separaria. Ela pagaria o desaforo. Que lei de amparo a mulher que nada!... Parece relato de outros tempos? Mas, aconteceu ainda ontem.
Ao chegar do trabalho, na noite de sexta-feira (12/01), Sônia moradora do Bairro Morada Real, deparou-se com a casa revirada, seus pertences espalhados, alguns eletrodomésticos quebrados, os filhos amedrontados, o ex-marido e pai de seus filhos, bêbado, invadiu a casa e a recebeu com agressões verbais e muita violência física. O caso deu polícia.
Por estar de todo errado, ilegalmente armado, seria prisão na certa! Flagrante delito. Seria...
Se não fosse mais um significativo e antigo detalhe...
Ainda que descumprindo ordem judicial ao se aproximar da ex-esposa, arrombar a residência onde ela morava com os filhos, agredir e ameaçar matar a todos, causar imensos prejuízos físicos, emocionais e financeiros à própria família; mesmo tendo dado queixa pessoalmente aos policiais de plantão naquela noite de sexta, Sônia não encontrou nenhum amparo ou atendimento digno na delegacia que procurou.
Se não fosse mais um significativo e antigo detalhe...
Ainda que descumprindo ordem judicial ao se aproximar da ex-esposa, arrombar a residência onde ela morava com os filhos, agredir e ameaçar matar a todos, causar imensos prejuízos físicos, emocionais e financeiros à própria família; mesmo tendo dado queixa pessoalmente aos policiais de plantão naquela noite de sexta, Sônia não encontrou nenhum amparo ou atendimento digno na delegacia que procurou.
Com a Delegacia da Mulher fechada por causa do feriado pré-carnaval, com a omissão dos policiais homens que sequer registraram formalmente sua queixa, restou àquela mulher mais uma vez amargar os prejuízos, as dores, os medos e buscar se abrigar com os filhos em casa de uma amiga.
Enquanto isso, o agressor, que mantinha a posse do refugo de destroços, continuou dentro da casa e vociferando sua valentia etílica e covarde.
Já não é mais detalhe, porém, é bem significativo. Esta lamentável história compõe uma estatística de permanência irrestrita das injustiças decorrentes do não-cumprimentos das leis, e da selvageria masculina que continuam amparadas pelas práticas de omissos e maus policiais que possibilitam aos agressores se acreditarem com poderes absolutos sobre mulheres e filhos.
Homens assim comprometidos com o atraso e a violência, vivem como se ainda fosse antigamente!
por Maris Stella
Já não é mais detalhe, porém, é bem significativo. Esta lamentável história compõe uma estatística de permanência irrestrita das injustiças decorrentes do não-cumprimentos das leis, e da selvageria masculina que continuam amparadas pelas práticas de omissos e maus policiais que possibilitam aos agressores se acreditarem com poderes absolutos sobre mulheres e filhos.
Homens assim comprometidos com o atraso e a violência, vivem como se ainda fosse antigamente!
por Maris Stella
Infelizmente, esse é um caso, dentre muitos e muitos, que são omitidos, mais principalmente pela falta de atitude de muitas mulheres.
ResponderExcluirO medo, muito comum, mais é fundamental termos mulheres como Sônia, que lutam e fazem se ouvir, mesmo que com nosso sistema fraco e dominado por tantos homens.
Mais, a luta tem que partir de cada uma, que se sentindo ameaçada, reivindique os seus direitos.
Abraços!