quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

RELATOS DE MÃES VITIMADAS PELA ONDA DE VIOLÊNCIA

PELA VIDA, CONTRA A VIOLÊNCIA. JUSTIÇA JÁ!

"O que mais dói meu coração é que ele foi morto sem julgamento algum. E se ainda pode ser pior que perder um filho nessa situação, foi arrastado e assassinado no meio da rua, feito bicho. E ainda tem gente que diz que bandido tem de morrer assim mesmo? tem lei pra proteger direito de animais ser tratado com dignidade e pra gente que erra lei não vale nada?"  Mãe de um menor assassinado, Bairro Alto da Colina

"O que aconteceu lá em cima no morro foi de um horror que a gente nunca viu. Não posso acreditar que tem gente que concorda com aquilo e até defende aqueles assassinos. será que é por que só morreu negrinho pobre? A verdade é que no Brasil negro ainda pra certos tipo de pessoas nem é considerado gente."
Moradora, Rua Uruguaiana, Bairro Alto da Colina

"O meu filho nem era bandido. Ele trabalhava. Tinha lá os estudos dele e queria ser médico. Mas, agora ele está é morto! E a gente nem tem o direito de dizer quem foi que matou por que senão é capaz de morrer também? E se eles me matarem, meus outros filhos, quem vai cuidar? Tem injustiça maior do que essa? Se tem eu não conheço"
Mãe de um dos menores assassinatos, Bairro Alto da Colina

"Agredir um senhor de idade daquela forma só por que ele é vizinho de quem eles procuravam.  Não respeitaram idade, condição de saúde, nada. A pessoa é punida por morar em bairro de pobre"
Moradora, Rua Uruguaiana, Bairro Alto da Colina

"Esse ato tem de acontecer sim! A gente tem de ir pra rua e mostrar que a gente não aguenta mais sofrer tanta injustiça nas periferias. Quem mora bem, não sabe o que a gente passa. E julga a gente dizendo que reclamamos atôa e ainda vai ter gente pra dizer que só vamos incomodar a cidade com nosso ato. Espere e vocês vão ver e ouvir coisa...'
Moradora, Bairro Jardim Sudoeste

"Essa violência toda que tá chocando todo mundo, parece que só aconteceu agora. E só aconteceu lá no morro. Isso não é verdade não minha gente. Há muito tempo que as pessoas vem sumindo. A gente desespera, procura e um dia descobre o corpo do filho jogado no meio de um matagal, feito cachorro morto. como aconteceu com meu filho a mais de cinco meses. De lá prá cá, minha vida é contar minha dor e pedir justiça. por que meu filho era pessoa honesta."
Moradora, Bairro Vila América

Um comentário:

  1. As palavras são dificeis para quem as leem imagine para essa mãe...

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