O professor Boaz Rios se tornou presidente do partido na última convenção ocorrida em outubro de 2009, e sua curta gestão, foi marcada por conflitos internos que ultrapassam a questão de nomeações. Muito embora, seja essa a versão que circula na imprensa da cidade, ela não corresponde a total verdade dos fatos. Ainda que seja parte dela.


Um partido político com a dimensão do PSB é muito mais que nomeações e contra-cheques. Um partido político é um corpo social. Sua gestão deve ser portanto, coletiva. É preciso que haja respeito, valorização e sustentação de decisões assumidas de forma democrática e coletiva. Todas essas prerrogativas elementares não foram consideradas na gestão Boaz Rios. 


A renúncia e a desfiliação aconteceu em decorrência de uma série de desentendimentos entre membros da Executiva que não aceitaram ter suas decisões revogadas por ações de interesses particulares. O presidente se mostrou incapaz de conduzir o partido diante das muitas crises internas, acentuadas a partir da nomeação de um cargo comissionado não discutido e não aprovado pela Executiva nem pelo Diretório. 


Contudo, efetivada a nomeação por encaminhamento alheio aos interesses do partido, a Executiva e o Diretório entenderam ter tido sua legitimidade e sua autonomia desrespeitadas pelas viciadas práticas de quem se vale do espaço partidário como feudo. É preciso que se diga: A prevalência de condutas autoritárias que identificam costumes nepotistas não são endossadas por essa atual gestão a frente do partido em Vitória da Conquista. A mudança que queremos ver em nosso país começa em nossa própria casa.


O ex-secretário de Administração de Vitória da Conquista, Boaz Rios,  segundo o vereador Néu do Gás (PSB) deixou o cargo no governo municipal devido a falta de espaço de gestão frente à pasta. Boaz no entanto, nunca confirmou essa versão e alegava a necessidade de se dedicar exclusivamente ao PSB. Faltou fazer isso!


Ou o partido político efetiva em suas práticas o caminho da mudança social ou não serve para nada. Nós mulheres na política estamos cansadas de ver a insistente reprodução de discursos falidos. Não existe mudança sem atitude!


por Maris Stella Schiavo Novaes